Crítica: X-Men Apocalipse

25.5.16


Bons atores, bons momentos, um diretor competente...

X-Men - Apocalipse é bem inferior a Primeira Classe e Dias de Um Futuro Esquecido. Se contarmos todos os seis X-Men, só é superior a O Confronto Final, o que também não é muito difícil. De certa forma, os problemas são os mesmos dos vistos naquela produção de 2006. Deixa-se de lado o melhor desenvolvimento dos personagens para criar cenas de ação mais épicas. O resultado é uma tempestade (sem piadas haha) de CGI. Tudo é muito artificial e o foco é tanto nos efeitos (nada naturais) que o espectador acaba jogado pra fora do filme, como acontece na batalha final de Batman Vs Superman e naquele confronto inicial de Vingadores: Era de Ultron.

 O filme gira em torno de En Sabah Nur (Oscar Isaac), também conhecido como Apocalipse. Trata-se do mutante original, que volta a vida disposto a garantir sua supremacia e acabar com a humanidade. Ele seleciona quatro Cavaleiros nas figuras de Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo ( Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp)

 Do outro lado, Charles Xavier (James McAvoy) conta com uma série de novos alunos, como Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee, além de caras conhecidas como Mística (Jennifer Lawrence), Fera (Ncholas Houth) e Mercúrio (Evan Peters) para tentar impedir o vilão.

 Enquanto os novos mocinhos são bem desenvolvidos e trabalhados, não se pode dizer o mesmo dos vilões. Nem mesmo o principal. Apocalipse faz jus a todos os memes que saíram após a divulgação do primeiro trailer. Não é ameaçador e visualmente muito artificial. Está mais para vilão de Power Rangers do que para ocupar o posto de principal ameaça à humanidade. Mas o problema está longe de ser apenas o visual. O personagem é mal construído, não há história envolvente. O mesmo acontece com Psylocke, Anjo e Tempestade. Só se salva Magneto, afinal já conhecemos ele e ainda nos deparamos com um outro lado do personagem.


 Seguindo os acontecimentos de Dias de um Futuro Esquecido, o longa coloca Mística como uma heroína, mas, ao contrário dos anteriores, vemos muito mais Jennifer Lawrence do que Mística em cena. Há uma explicação no roteiro, mas a verdade é que a razão mesmo é usar ao máximo o rosto de sua principal estrela.

 Assim como no filme anterior, Mercúrio merece um destaque todo especial. Ao som de "Sweet Dreams (Are Made Of This)", do duo Eurythmics, o personagem protagoniza a melhor cena da produção. A fórmula é a mesma do anterior, mas funciona. E muito!

 Outro bom momento é a participação do Wolverine (Hugh Jackman). Infelizmente, já havia sido revelada no último trailer. Talvez os fãs curtissem mais se fosse uma surpresa. De qualquer forma, é uma sequência que funciona.

 Bons atores, bons momentos, um diretor competente... O problema é o roteiro fraco e as cenas artificiais, além de ser tudo muito previsível. Entre X-Men 3 e Primeira Classe, foram cinco anos de intervalo. Talvez a saga precise de mais um tempinho fora das telas para recuperar o vigor. Mas não deve ser o que vai acontecer, afinal há uma deixa clara para a sequência na cena pós-crédito.



Por Guilherme Carpes

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