Resenha: Amor à Moda Antiga

7.6.16


 Em seu aniversário de 43 anos, Fabrício Carpinejar ganhou de presente uma velha máquina de escrever Olivetti Lettera 82 verde-esmeralda. Desde esse dia, ele se dedica a escrever nela poemas de amor e a guardá-los como um inventário de seus sentimentos e emoções ao longo de sua carreira. 

 Amor, memórias, fatos diários... Há um pouco de tudo na obra de Carpinejar, com aquele toque de leveza. Ao ter em mãos um livro sem qualquer tipo de correção ortográfica e com anotações do próprio autor, temos um contato maior com as palavras e o que elas querem nos dizer. Pela primeira vez, a Belas-Letras publica esses poemas exatamente como os originais foram enviados à editora, em maços de papel despachados pelos Correios [...]. O amor é o foco principal, mas não é apenas isso.

 Para um leitor que não está acostumado a ler livros de poemas, falar sobre eles pode ser complicado risos, mas isso não faz dele menos importante. Através das palavras (que não rimaram nem um pouquinho) Carpinejar consegue transmitir diversos sentimentos. Alegria, tristeza, saudade, querer e não poder, e por aí vai. 

 Com suas 112 páginas recheadas de palavras que foram escritas em uma máquina de escrever Olivetti Lettera 82 verde-esmeralda, a leitura flui rapidamente e de uma maneira fácil. São 112 páginas cobertas de sentimentos e um carinho incrível que a BL tem com seus leitores. Amor à Moda Antiga é simples, orgânico, singelo e apaixonadamente imperfeito, como só o amor pode ser. 

Seu rosto pode envelhecer,
Seu corpo pode envelhecer,
Sua opinião pode envelhecer,
Sua paciência pode envelhecer,
Sua cultura pode envelhecer.

Não deixe que a esperança envelheça
e não haverá mais como reconhecê-la.


Título:  Amor à Moda Antiga

Autor: Fabrício Carpinejar

Páginas: 112

Editora: Belas-Letras

Encontre por aí: Livraria da Folha | Saraiva | Editora

*Livro recebido em parceria com a editora ♥


Por Flávia Bergamin

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