Resenha: Legend, de Marie Lu
11.4.15
Incrível! Essa é a palavra que mais descreve a obra de Marie Lu.
Na cidade de Los Angeles em 2130, a atual República vive tempos de crise por conta de uma doença: a Praga, que vem infectando pessoas há tempos. Soldados inspecionam casas sempre e cada X marcado na porta, basicamente significa uma pessoa a menos na sociedade. Além disso, o país entrou em uma constante guerra contras as Colônias e os Patriotas.
Aos dez anos, todos são obrigados a prestar uma prova, onde são avaliados e testados pelo governo. Aqueles que passam com uma nota boa voltam para casa, sãs e salvos. Os que não conseguem, são designados para "campos de trabalho". Mas não é o caso de Day, não mesmo. Ele não passou e agora vive nas ruas de um dos setores pobres. Com apenas quinze anos, é o criminoso mais procurado do país.
De outro lado, temos June, a prodígio (de também quinze anos) que tirou a nota máxima na prova e se tornou a "queridinha" da República. Filha de militares e criada em um setor de elite, June é exatamente o oposto de Day. No entanto, um acontecimento os liga: a morte de Metias. Day é acusado de matar a única família que restava à June e a garota recebe a missão de capturá-lo, mesmo que custe sua vida.
Porém, não apenas isso acontece. June descobre coisas, segredos e a verdade por trás do país que outrora ela achara perfeito, justo. Descobre a verdade sobre sua família e sobre Day.
"-Nunca lhe perguntei sobre esse nome de guerra. Por que Day?
-Porque cada dia significa novas 24 horas. Cada dia quer dizer que tudo é possível de novo. Você pode aproveitar cada instante, pode morrer num instante, e tudo se resume a um dia após o outro - ele olha para a porta aberta do vagão da ferrovia, onde faixas escuras de água cobrem o mundo.- E aí você tenta caminhar sob a luz."
Narrado por duas pessoas com pontos de vistas diferentes, Legend é absolutamente um livro incrível. Temos um pouco de tudo: ação desde o começo, personagens com sentimentos, e, o principal, romance, que diferente de muitas obras, não é chato e meloso. Marie Lu soube dosar bem cada parte, cada frase e cada sensação que gostaria de provocar no leitor.
Não, nada de cópia/plágio, por favor. Legend, apesar de distopia, não é Jogos Vorazes ou Divergente, é Legend.
O livro conta com 255 páginas, que parece pouco para uma história ser bem desenvolvida, mas não. É o suficiente para Day e June fazerem a verdade se tornar lenda. E, por falar em verdade, June, por ser super inteligente, lembra o personagem de Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, enquanto investiga os pontos fora que encontra nas situações.
E além de todos os pontos citados acima, vemos o quão cego um "amor à pátria" pode ser e como uma mente fraca pode ser moldada até fazer algo que talvez não o fizesse por conta própria. Vemos o quão cruel pode ser a sede de possuir o poder.
Autor (a): Marie Lu
Editora: Rocco
Páginas: 255
Nota: ★★★★★
1 comentários
Ooooi, Tia War! Tudo bem?
ResponderExcluirEntão, eu já vi várias pessoas comentarem a respeito desse livro e parece que o último da trilogia é de cortar o coração, um negócio desses! E tipo, to muuuuuuuuuuito interessado pois adoro distopias, o enredo me fascinou e esses seus comentários então? Já quero HAUHAUAHAU.
Beijos,
http://umgrandevicioliterario.blogspot.com.br/