#Me Amarrei: A Culpa é das Estrelas

9.6.14

  

Por Flávia Bergamin


 Pode-se afirmar que ‘A Culpa é das Estrelas’ é a adaptação mais aguardada do ano. O livro, escrito por John Green, já vendeu milhões de cópias pelo mundo todo. 

  A trama se baseia na história de vida de Hazel Grace -Só Hazel-, uma adolescente de dezesseis anos que luta contra um câncer e passa a maior parte de seu grande tempo livre pensando na morte. Milagres existem, e foi graças á um da medicina que o tumor de Hazel encolheu, dando-lhe a chance de viver mais alguns anos. Não gostava de sair de casa e assistia sempre ao mesmo programa na televisão, ou seja, ficava em uma mesmice chata, sem graça, afinal sua situação não era das melhores, então aceitou que sua morte estaria próxima.     

 No entanto, seus pais decidiram que era hora de mudar: insistiram para que ela frequentasse um grupo de apoio para jovens com câncer, e, por ironia do destino, Hazel conhece Augustus Waters - Gus -, um garoto lindo que sofre a falta de uma perna, graças ao câncer –porém Gus é mais otimista. Amigo de Isaac, um conhecido de Hazel de reuniões passadas que também é vitima do câncer, Gus começa a se aproximar dela e uma amizade acaba crescendo entre os dois.     

 Agora não pense que esse é somente ‘mais um filme clichê que lhe fará chorar’, muito pelo contrário, há, por trás das cenas e das falas, coisas e razões pela qual não paramos para pensar, como o câncer na adolescência. Adolescentes com câncer continuam sendo adolescentes, disse John Green (autor do livro) em uma de suas entrevistas, o que é verdade. O filme mostra bem como é duro tanto para eles como para aqueles que estão em volta.  Em diversas partes Hazel e Gus conversam sobre a morte em sim e Gus lança um pensamento sobre haver ou não uma vida após a morte. 

  A julgar pela adaptação, tanto o diretor quando a produção fizeram um ótimo trabalho. Uma coisa que sempre incomoda os fãs de um determinado livro é a sua adaptação ser infiel. Com ‘A Culpa é das Estrelas’ não foi assim. Shailene Woodley e Ansel Elgort (que todos reclamaram sobre ele não ser o ‘Gus certo’) conseguiram mostrar ao público tudo aquilo retratado nas páginas do livro. É claro que algumas (poucas, bem poucas) cenas foram cortadas, mas nada tirou o foco central do enredo. Willem Dafoe, mesmo não tendo certas características do Van Houten original fez um ótimo papel como o ‘vilão da história’, se bem que o verdadeiro vilão é o câncer. 

 Não esquecendo de mencionar a trilha sonora, o destaque vai para ‘All Of The Stars’, do cantor Ed Sheeran, que, de certa forma, se encaixou bem em todo o filme.  

  O longa não é composto somente por drama, há também falas (algumas não presentes no livro mas que foram bem colocadas) e cenas que mexem com as pessoas, e as fazem rir. Frases de efeito, aquelas que estão por toda a parte (seja em cartaz, paredes e roupas), não podiam faltar, e é claro que elas fizeram toda a diferença. Provavelmente os lencinhos que você levar não serão suficiente, afinal “alguns infinitos são maiores do que outros”.

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