Resenha: Cidades-Mortas

20.2.16



Em Cidades Mortas acompanhamos a vida de Arthur num futuro onde as coisas não deram tão certo.
Lisarb é uma democracia tirana, um Governo com os problemas de todo Governo, e, seguindo a máxima “pão e circo” faz de tudo para não lidar com eles.Arthur é um pária da sociedade, e como muitos párias, tenta encontrar o seu lugar. Ele fará amigos e inimigos e entrará numa disputa de vida e morte . [...] Com a inspiração da sempre talentosa Suanne Collins, Dêner nos apresenta uma história ímpar e frenética.
Renato C. Nonato – Terras Metálicas.


 Cidades-Mortas conta a história de Arthur Noah e se passa em um Brasil futurista intitulado Lisarb. O país é dividido em 10 cidades, cada uma delas tendo que escolher um casal entre 15 e 18 anos para o Festival das Cidades-Mortas. Eles serão encaminhados para uma cidade-morta escolhida, onde serão confinados e terão que escapar dos soldados-robôs, estes nada agradáveis. Os que resistirem as duas semanas terão direito a fazer dois pedidos para o seu governo. 

 Arthur, por ser um Noah, é o favorito a participar do Festival. No entanto, o garoto órfão entra em uma grande enrascada tentando se livrar disso. 

Uma vez no Festival, ele se vê com problemas: em quem ele pode confiar? Em um cara maluco, egoísta que conheceu por obrigação ou em uma pessoa que acaba de aparecer, mas que aparenta ser mais confiável do que a outra? 

Confiar em alguém dentro de uma Cidade-Morta é tão difícil quanto sobreviver.

"Opiniões só são levadas à sério quando se tem um fundamento aceitável." Dêner B. Lopes, autor.

 Cidades-Mortas, assim como outras distopias, está longe de ser uma total ficção. O autor trata de temas sérios, como racismo, drogas e a sede de sangue que um Governo possui. O país não tem estrutura, as pessoas não vivem bem, mas as mortes continuam... As pessoas morrendo servem de diversão para as que assistem enquanto um país desmorona. 

Conhecemos outros personagens também, como Will, um garoto preconceituoso e Monique, uma garota forte, dura na queda, e que deseja sobreviver a todo custo.

O livro puxa para temas sérios, possui bastante ação e adrenalina e não exagera no romance, um tema não muito explorado diante da situação que os personagens vivem. Os personagens tem sua própria linguagem, sempre tristes, amargurados ou com raiva de algo, um reflexo da sociedade em que vivem.

 O único ponto fraco do livro é alguns aspectos da escrita, mas isso varia de acordo com o leitor. Ela não possui muitos detalhes e foca em palavrões (uma característica de todos os personagens). Também não sabemos o que aconteceu para que nosso país se tornasse a sociedade tirana que se tornou, mas acreditamos que isso venha a ser debatido nos próximos volumes.

Cidades-Mortas é um livro simples, mas ao mesmo tempo muito real. Ele passa sua mensagem de uma forma simples e clara, sem rodeios.


Título: Cidades-Mortas

Autor: Dêner B. Lopes

Editora: Chiado

Páginas: 204

Encontre por aí! Editora | Martins Fontes




Por Flávia Bergamin

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