Crítica: Cidades de Papel
17.7.15
"Ela, talvez gostasse tanto de mistérios, que acabou por se tornar um."
Cidades de Papel, de John Green, é uma história sobre amadurecimento, centrada em Quentin e em sua enigmática vizinha, Margo, que gostava tanto de mistérios, que acabou se tornando um. Depois de levá-lo a uma noite de aventuras pela cidade, Margo desaparece, deixando para trás pistas para Quentin decifrar. A busca coloca Quentin e seus amigos em uma jornada eletrizante. Para encontrá-la, Quentin deve entender o verdadeiro significado de amizade – e de amor.
Q é apaixonado por Margo desde pequeno, mas ambos tomaram rumos diferentes e agora, não passam de meros conhecidos. No entanto, após uma "noite de vingança" que Margo propõe à ele, Q acredita que tudo pode ser diferente, que o dia seguinte pode ser melhor. Mas não é o que acontece. Margo foge, desaparece, e Quentin encontra pistas sobre o paradeiro da garota e tenta seguí-las a fim de encontrá-la.
Assim como no livro, os acontecimentos são divertidos, com toda aquela atmosfera adolescente que conquista o leitor e, apesar de não totalmente fiel à obra original, está de parabéns.
O casal principal (Nat Wolf e Cara Delevingne) desempenharam de uma ótima forma seus papéis - embora muitos acreditem que Cara não é a Margo -, assim como os personagens secundários, como os amigos de Quentin, Ben (Austin Abrams) e Radar (Justice Smith).
A adaptação em si é diferente da original por (a) terem "diminuído" acontecimentos que não deveriam, com a intuição de não deixar o longa muito extenso e (b) adaptarem a história para as telonas. De fato, nenhuma obra adaptada fica igual, e essa, como disse o próprio Green, deixou partes que se sobressaíram ao livro. O final, por exemplo, é algo que surpreende o telespectador que leu a obra e agrada (espera-se que sim) o que não o fez.
Não podemos deixar de mencionar também, a trilha sonora, que além de muito boa, se encaixou perfeitamente no filme.
Cidades de Papel está longe de ser um romance água com açúcar, se você tiver pensando nisso. É dedicado ao público adolescente e vale sua ida ao cinema.
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Por Flávia Bergamin
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