A filosofia de Jogos Vorazes!
25.11.14
Considerem o post de
hoje como um aquecimento. Aquecimento
Jogos Vorazes A Esperança parte 1.
Sim, irei falar dos
dois filmes da saga "Jogos Vorazes" e "Jogos Vorazes: Em Chamas", mas, porém,
contudo, entretanto, uma análise diferente do filme, uma análise das partes que mais marcantes, dos personagens e, como Jogos Vorazes é uma “realidade paralela” da nossa. Análise feita em comparação com relações internacionais.
A história.
Em um contexto geral
podemos entender que antes de Panem ser a Panem atual, havia muita discórdia e
pouca segurança, até que o que eles chamam de capital tomar o controle, e
depois de vários massacres com a capital saindo vitoriosa como a super potência
mundial, ela toma o controle de tudo. A Capital, impõem um regime para os
demais distritos. Como ela consegue isso? Simples, ela controla as massas
através do medo, ela tem mais recursos financeiros do que os distritos e tem
mais poder bélico. E para continuar controlando tudo, com os distritos morrendo
de fome, ano após anos, eles criam os
Jogos Vorazes, onde cada distrito tem que dar tributos para morrer em prol da
paz.
Porém, tudo muda
quando a garota Katniss vai como voluntária no lugar da irmã para os jogos.
Claro que o sentimento de revolta já existia em todos os distritos, mas é Katniss que planta neles a esperança, ela é o símbolo que todos queriam, ela os
representa. Mas, em minha opinião, Katniss só foi a ser o Tordo, graças
principalmente a seu estilista Cinna, pois é ele quem a transforma na garota em
chamas. Ele a faz ser notada, não só pela Capital, mas pelos distritos. O
resto, ela consegue sozinha.
Katniss não só é a
garota em chamas, mas a garota do povo, pois em diversas situações nos jogos
ela consegue ganhar o coração de todos e mostrar clemência para com seus
componentes. Enterrar Rue foi meramente um ato brilhante e de puro amor que
ela demonstrou e isso fez com o que os distritos sentissem mesmo que ela é
parte deles, é ai que começa a gerar a revolta. CHEGA. É o que eles pensam.
Viver uma história de
amor com Peeta no começo parece ser um plano brilhante para salva-lo, mas acaba
no plano mais perfeito. Uma ótima jogada de marketing. Sabe, quando estudados
relações internacionais você aprende que existem 3 principais poderes. O
primeiro é o Estado (o país), ele controla e regula tudo; o segundo é o poder
bélico, pois quanto mais armas você tiver, mais forte você é; o terceiro é o
poder econômico, sim, o dinheiro importa; mas é ai que vem a jogada. Já ouviram
aquela famosa frase que diz “quem controla as massas controla o mundo?” O povo
é maioria, e contra o povo ninguém pode. E quem controla o povo? A mídia, a
mídia é o quarto poder. Então, quando num ato brilhante Katniss e Peeta decidem
morrer juntos eles geram um caos no sistema da Capital, pois se eles morressem
seria algo catastrófico e que geraria uma grande revolta no minuto em que
acontecesse.
No segundo filme, o
que temos é a confirmação que todos estão dispostos a fazer com que os jogos
acabem, a dominar de vez a Capital, e mesmo com uma Katniss que aparentemente
só quer proteger os que ama, ela faz parte do plano, ela é o plano de revolta.
Ela é o símbolo que Cinna transformou e com cada atitude ela nos prova isso.
Podemos ver que o povo a quer como o Tordo, que eles acreditam na verdadeira
Katniss, tudo o que eles precisam é de alguém para começar o incêndio, tudo que
eles precisam é de alguém para inspira-los.
Agora eles a tem.
Por que eu acho que
Jogos Vorazes é uma realidade paralela com a nossa? Porque nós somos
controlados, por um sistema doentio e corrupto que só ajuda aos ricos. Somos
controlados por nossas vaidades e temos modelos de como ser e não ser impostos
a nós dia após dia. Diga, o quão diferente é o nosso sistema do deles?
Mas, o que podemos
concluir com a nossa história e com o filme é que algum dia, em alguma hora, todo o sistema cai.
Por Natalia Serpeloni
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